“Serial Killers não tem inimigos. Todos são uma vítima em potencial.” – Dra. Evelin Vogel
Seria esta a mais perfeita descrição de Dexter? Se sim, estive hoje mais certa de que o serial killer mais amado da América está realmente perto do fim. Dexter, que bom que você voltou, e que falta você fez. Cabe a nós, meros voyers da atribulada vida do analista forense mais perigoso de Miami, aproveitar os últimos 12 relatos desta sanguinária história.
Penso eu que Scott Buck não poderia ter começado com o pé mais direito: afinal a morte de LaGuerta não poderia resolver mais uma vez os problemas de Dex, ao contrário do que o próprio serial killer tinha imaginado. Dexter caçou tanto a confusão na temporada anterior que ela finalmente chegou a ele, e de uma maneira que nem ele imaginava que iria alcançá-lo: através de Deb.
Aliás, quero abrir um parênteses aqui, antes de continuar a review do episódio, para saudar a maravilhosa e impecável atuação de Jennifer Carpenter neste caótico episódio da season finale. A atriz, que já andava merecendo um Emmy há algumas temporadas, deixou qualquer interpretação deste episódio no chão (inclusive a de Michael C.Hall, sempre impecável). Carpenter hoje, para mim, mereceu um Oscar. Ela desconstruiu uma Debra que amávamos (ou amávamos odiar) de tal maneira que, ao menos na minha opinião, deu medo. Medo porque acho que nunca imaginei que Deb poderia chegar num patamar tão baixo, com drogas, armas e bebidas, mas mais ainda, porque nunca acreditei que ela conseguiria odiar Dexter. E se este ódio realmente existe, a situação é muito preocupante para o serial killer e, porque não, para nós também.
Deb desconstruida, e perigosa?
Voltando ao episódio, acho que foi interessante nos mostrar como os irmãos Morgan respondem de maneiras diferentes ao ocorrido na season finale da 7ª temporada. Dexter, como ocorreu após a morte de Doakes, sentiu que havia renascido das trevas (dai o título “A Beautiful Day”), afinal sem Maria e sem James na sua cola ele poderia voltar a fazer o que mais sabe: matar para “controlar seu caos”. O vemos voltando ao grupo de boliche, treinando o time de futebol de Harrison e até arrumando alguns romances ocasionais (sem é claro esquecer de Hannah). Ele sabia que Deb estava mal, só não sabia que ela estava tão mal. E para Dex sua irmã sempre foi uma espécie de porto seguro, a quem ele sempre podia recorrer em qualquer situação. A ausência dela, e mais, as palavras que saíram de sua boca (“eu atirei na pessoa errada naquele trailler”) doeram no nosso analista forense, e doeram tanto que, logo em seguida, Dexter se perdeu: agrediu um homem em uma briga de trânsito, foi rude com Batista sobre a situação de LaGuerta, e, a pior de suas atitudes, colocou seu próprio filho em perigo. E além de tudo isto, ele ainda provou que sua presença é extremamente prejudicial para sua irmã, colocando-a, mais uma vez, como cúmplice de um crime. Eu vi um Dexter caótico no final deste episódio, e ao meu ver, a tendência é só piorar.
“Sou eu que estou perdido. Uma pessoa melhor deixaria ela ir, mas eu não sei como. Sem ela eu não sei quem eu sou mais.” – Dexter
Seria Harrison mais uma vítima das irresponsabilidades de Dex?
Gostaria de ressaltar um ponto altamente positivo do episódio que foi a presença da Dra Evelin Vogel no enredo que embalará esta temporada. Eu gosto de ameaças ao Dexter, mas esta mulher ainda não mostrou ao que veio e porque ela procura o serial killer. A revelação sobre o código de Harry no final do episódio deixou um gancho excelente para a participação da mesma nos próximos que irão por vir e, pelas cenas exibidas junto com os créditos, podemos saber que a situação só piora para Dex.
Junto com ela me agrada que Quinn parece que, finalmente, terá alguma relevância para a série (aquele plot na 5ª temporada não me convenceu que ele era um personagem importante), espero também um Batista com sede de vingança pela morte de Maria LaGuerta e uma Jamie menos inocente em relação ao pai de Harrison. De Massuka ainda não sei o que esperar, além das piadinhas sexualmente incorretas. Só sei que, no final das contas, por mais que meu coração sempre torça para que Dexter saia ileso, eu quero uma temporada que retire o máximo das atuações de Hall e Carpenter, mesmo que eu tenha que sofrer no final.
Dexter e Vogel: há algo muito estranho por ai.
- Observações:
*Ponto positivo para a fotografia do episódio: jogos de câmera espetaculares, lembrando o porquê esta série é tão especial.
*Que saudade que eu estava da abertura de Dexter. Até parei para ver (e escutar) todas as cenas. Épica.
*Fuckingpassword. Dexter conhece a irmã de maneira suficiente para saber a sua senha favorita.
*MCH me faz chorar com suas atuações. Ele sempre se supera. É um mito. E Carpenter, novamente, digna de Oscar.
*Jesus F****** Christ Dexter! Eu juro que estava com saudade da boca suja de Deb.
Até semana que vem!
Escrito por Marina Sousa em 1 de julho de 2013 |
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