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sexta-feira, 2 de maio de 2014

The Blacklist 1×19/20: The Pavlovich Brothers/The Kingmaker


Keenler? Lizler?
O show tem várias perguntas a serem respondidas, mas hoje podemos eleger dois como os maiores mistérios de Blacklist: quem é Tom (e todas as perguntas derivativas, como para quem ele trabalha, etc) e qual a relação entre Red e Liz. Apesar de Spader carregar a série nas costas, a mais interessada e o nome que mais irá aparecer nas respostas que tanto buscamos é o dela.
Como temos 22 episódios para cumprir, Liz segue quicando sem saber em que lado da quadra deve ficar e quando finalmente está macomunada com Red, Tom a vira contra ele. Sem poder confiar nos dois homens de sua vida, Elizabeth é então empurrada para o terceiro: Donald Ressler. E agora todos que shipavam essa dupla estão em polvorosa.Keenler? Lizler? Depois de uma vida de farsa, ela merece um relacionamento com alguém que fale a verdade, e com relacionamento não quero dizer necessariamente mais que uma amizade. Já tem muita coisa acontecendo com a série e a personagem. Não carecemos de um novo plot nem de um romance a essa altura da temporada.
Eu confesso sentir um prazer perverso quando Liz vai se dar mal, porque sei para os braços de quem ela vai correr e sei também que teremos um daqueles momentos fofos com diálogos arrebatadores no colo de Red. Me incomoda muito a personagem ceder ao fluxo de informações cedidas por ele, ela aceitou muito fácil que o foco deveria ser Tom e não interrogou mais Red sobre a ligação entre os dois até que Tom revelou o que a chave embaixo do abajur guardava. Foi preciso a suspeita de que Red assassinou seu pai para ela retomar esse tópico. Quem tem informação tem poder, Liz não tem nenhuma e essa situação de fantoche me impede de ter qualquer relação válida com a personagem principal da série.
Um mistério que só vem crescendo, sem nunca ser diretamente abordado pela série, é o símbolo que já apareceu 4 vezes em Blacklist, a começar pela cicatriz de Lizzie.
O que sabemos até agora sobre a bendita cicatriz: Liz diz a Red, no primeiro contato com ele, que a queimadura aconteceu num incêndio quando ela tinha 14 anos e que não foi consequência de alguém tentando machucá-la. Para Beth, a menina que ela salva, também no primeiro episódio, ela explica a relação de carinho que tem com a cicatriz, que foi um presente dado pelo seu pai e que ao tocá-la, ela se sente mais corajosa.
E então, esse formato de Y, árvore ou o que você enxergar na cicatriz, reaparece na caixa de madeira que esconde os passaportes de Tom. De novo, na caixa que Gina Zanetakos tinha no seu quarto de hotel. (Vale lembrar que Red diz para Lizzie que Gina é amante de Tom e que uma foto do marido de Liz também foi encontrada no quarto. Fica a suspeita de que mais do que amantes, eles estariam trabalhando juntos ou para a mesma pessoa.) No fim de The Pavlovich Brothers, o ícone dá as caras no envelope de Tom que guarda as fotos que incriminam Red na morte de Sam, pai adotivo de Liz.
Posso então concluir que esse símbolo está mais ligado a Tom, ou melhor, ao seu contratante, do que a Red. Mas por que Liz foi marcada pelo próprio pai (sem a intenção de machucá-la) com essa mesma imagem? Se não foi para machucá-la, foi para protegê-la? Marcar a filha, tal qual gado, com a assinatura do grande adversário de Red a manteria a salvo? Como? Por quê? De quem? Moral da história, não cheguei a conclusão nenhuma.
Há uma mudança drástica nos cenário e personagens que nos apresentaram meses atrás. Red sendo a maior constante, eu sigo achando que posso acreditar no que ele fala, ainda que não conte tudo que sabe. “Farinha pouca, meu pirão primeiro” é o lema do criminoso. Se no começo da temporada Liz sofreu e fez o que pode para salvar seu marido de ser torturado por um terrorista, hoje ela tá aí, quebrando o dedão dele com um sorriso no rosto. A coerência está em Liz sempre fazer o que pode – e o que não pode – para salvar um inocente e abandonar a ética sem muita resistência, para levar justiça a quem não está sujeito às consequências merecidas. Fura um pescoço ali, quebra um dedo aqui, Liz é a garota para o serviço. Já Tom, passou de professor de primário para espião/assassino que foge insistindo que não é o cara mau da história. Tom já perdeu toda e qualquer credibilidade, e mesmo que sua missão seja proteger Liz, ele ainda será o cara mau após ter enganado, casado e tentado ter um filho, tudo sob uma identidade que não existe. Ah, e matado, até onde sabemos, 2 pessoas para proteger única e exclusivamente a si próprio. Não, Tom, você não é o mocinho.
Vale ressaltar que enquanto Liz interroga Tom, como mulher traída, não como a agente badass que devia, ele revela que também não sabe qual a ligação entre Red e Liz. Red dá essa chance a Liz, que não aproveita muito bem e agora tem que lidar com o fato de que Reddington e seus 687634586274357846987457865376437859 espiões disfarçados espalhados pelas ruas estão seguindo cada passo de Tom, mas ele não está mais ao alcance de Liz.
Eu já disse antes e insisto: os casos da semana não são mais tão interessantes. Trazer os sequestradores do episódio piloto de volta não acrescentou em nada a trama, “Opa, aproveita que vocês já vão sequestrar a chinesa, pega o Tom no caminho e larga na casa da Liz? Valeu, aê”. Não colou. The Kingmaker era uma trama que merecia ser trabalhada nos detalhes para nos envolver, para retratar seu assustador poder, o que também nã aconteceu.
Então vamos direto para a emocionante cena final do episódio, quando Red, mesmo tendo tudo a perder, não mente para Liz. Ele aguarda o seu julgamento, sentado e nitidamente incomodado, para não ter a ousadia de dizer sofrendo. Mas essa é a coerência de Red, ele sempre falou a verdade para Lizzie, ainda que assumidamente omita algumas coisas. Dá pra perceber o fio de esperança que ele tem de que ela acredite nele e confie no seu julgamento. Mas como ouvir qualquer coisa diferente de “Eu matei o seu pai”? Ele sabe que vai perdê-la, mas faz sua defesa mesmo assim, porque é sincera, porque ele acredita piamente em cada palavra proferida. E ele espera seu veredito sentado, inerte, preparado para o que já vem. Ele lhe roubou mais do que ela poderia aceitar. “We are done. I’m done. This ends right now. God, you’re a monster.” E Red aceita, respeita e engole. Liz perdeu o pai sem ouvir suas últimas palavras, perdeu o marido que nunca teve e os sonhos que nunca se realizarão e agora perde essa figura tão recente mas tão importante para quem era tão sozinha e confiava em tão poucos.
O olhar de Red nos segundos finais, a piscadela frenética empurrando pra longe um pensamento ruim e possíveis lágrimas me renderam. Que venha o Emmy, que venha Berlin ou quem quer que seja o grande adversário de Red, que venham os dois últimos episódios de The Blacklist e pelamor, que venham finalmente as tantas respostas que precisamos e merecemos.
Series Maníacos.tv

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